quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tubarão-Duende


Furg recebe doação de tubarão-duende

Animal raro foi capturado por pescadores em frente à costa gaúcha


A Universidade Federal do Rio Grande (Furg), de Rio Grande, no sul do Estado, recebeu um tubarão-duende nesta quarta-feira. [...]
O animal foi capturado por pescadores no dia 12 de setembro, em frente à costa gaúcha, a uma profundidade de cerca de 400 metros. [...]
Segundo o professor Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico da Furg, o animal irá integrar a coleção de peixes do Instituto Oceanográfico da universidade, em Rio Grande.

O tubarão-duende doado para a Furg mede 2,30 metros.

Desde 1898, somente 36 tubarões desta espécie foram encontrados no mundo todo - Roberto Witter / Agencia RBS
Desde 1898, somente 36 tubarões desta espécie foram encontrados no mundo todo
Foto:Roberto Witter / Agencia RBS
tubarão-duende (Mitsukurina owstoni) é uma espécie que habita nas águas profundas dos mares e raramente é visto com vida. Atinge até 4 metros de comprimento e já foi encontrado a 1200 metros de profundidade; vive no oeste dos oceanos Pacífico e Índico, e a leste e oeste do oceano Atlântico.
Alimenta-se de lulas, camarões, polvos e outros moluscos, que também habitam no fundo do mar. Característico por possuir um longo nariz em forma de faca, incorporada por minúsculas células sensoriais e uma grande boca com dentes em forma de agulha. 
Os tubarões-duendes são um dos mais antigos tubarões existentes no mundo atual. Há registro desta espécie ao largo das costas das ilhas japonesas, Austrália e do sul africano. Este tubarão é chamado também de Goblin. Desde 1898, foram encontrados apenas 36 tubarões desta espécie.
O último registro foi na baía de Tóquio nadando em águas rasas. Não se sabe porquê, mas já é a segunda espécie de tubarões muito raros que nadam em águas profundas, encontrados no ano de 2007.

Tubarão-duende
Goblin Shark.gif
Estado de conservação



Bem, de acordo com as informações acima, esta espécie não está nem sequer perto do risco de extinção. Mas por que será que esse animal foi encontrado nadando em circunstâncias tão adversas à seus hábitos? Será que todos esses anos que temos poluído a água do mar e também, muito da poluição sonora produzida no fundo dos oceanos, teria colaborado para o fato de raramente ser encontrado com vida?

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